Familiares e amigos do radialista Jairo Souza, assassinado em junho de 2018 com dois tiros nas costas, no momento em que subia as escadas do local onde trabalhava, protestaram na manhã desta quinta-feira, 21, contra o habeas corpus concedido ao principal suspeito de ser o mandante do crime: o vereador de Bragança, César Monteiro (PR). De acordo com informações da família da vítima, o vereador, que estava preso preventivamente desde novembro de 2018, quando se apresentou à polícia, já tinha tido três habeas corpus negados, "mas seu advogado recorreu a uma instância maior, de desembargo, e conseguiu". Outras oito pessoas ainda são suspeitas de participação na execução.

A filha da vítima também aponta que existem "provas claras de que ele foi o mandante", ressaltando, ainda, que a suspeita dos familiares "é que tenha alguém ainda maior por trás desse crime". Ainda segundo Jaiane, o assassinato do pai foi motivado pelas denúncias que ele fazia em seu programa matinal de rádio. "Meu pai denunciava irregularidades na prefeitura, licitações superfaturadas. Diante das denúncias que ele fazia, incomodava muita gente" diz.Para ela, o sentimento que fica após a soltura do vereador é de indignação. "É revoltante e humilhante, porque o meu pai foi morto trabalhando. Ele foi alvejado por dois disparos nas costas. Nem coragem de olhar para ele tiveram. Em Bragança, ecoa nos quatro cantos da cidade o pedido de justiça".O protesto iniciou às 10h e reuniu cerca de 20 pessoas. O assassinato do vereador completou nove meses nesta segunda-feira, 21. Outros acusados do crime ainda permanecem
O ASSASSINATO

POR Tainá Cavalcante
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